sexta-feira, 09 maio 2025

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O acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de mortalidade e incapacidade por doenças cardiovasculares em Portugal justificando, por isso, todas as medidas tendentes à sua prevenção, nas quais se inclui a prevenção do tromboembolismo na fibrilhação auricular (FA).

A FA é a arritmia cardíaca mantida mais frequente na prática clínica. Dados do estudo Framingham mostram que um em cada quatro indivíduos vivos aos 40 anos de idade desenvolverá FA ao longo do resto da sua vida.

O estudo FAMA estimou que a prevalência da FA na população portuguesa com idade igual ou superior a 40 anos é 2,5%, sendo igual para os homens e as mulheres. A prevalência da FA em Portugal aumenta claramente com a idade, sendo 0,2% na faixa etária dos 40 aos 49 anos, 1,0% dos 50 aos 59 anos, 1,6% dos 60 aos 69 anos, 6,6% dos 70 aos 79 anos e 10,4% dos 80 ou mais anos. Metade dos indivíduos com FA tem 77 ou mais anos de idade.

O envelhecimento da população, o aumento da prevalência de doenças cardíacas crónicas (a FA está frequentemente associada a doença cardíaca estrutural) e o maior uso de monitorização electrocardiográfica fazem antever um crescimento da incidência e da prevalência da FA.

A caracterização epidemiológica das doenças e dos seus factores de risco, o desenvolvimento e implementação de políticas de saúde destinadas à prevenção e ao controlo das doenças e dos seus factores de risco e a certificação do grau de protecção da sociedade contra a doença são medidas que permitem manter a saúde da população.

O registo FAMA avaliou a prevalência da FA em Portugal, mas o reduzido número de indivíduos (261) identificados com esta arritmia constitui uma limitação importante para a melhor caracterização desta população.

Os objectivos principais do registo snapshot são:
  • Caracterizar o perfil clínico dos doentes com FA não valvular em Portugal continental
  • Caracterizar o risco tromboembólico e hemorrágico dos doentes com FA não valvular em Portugal continental
  • Caracterizar o padrão do tratamento antitrombótico utilizado nos doentes com FA não valvular em Portugal continental

Os objectivos secundários do registo snapshot são:
  • Identificar os motivos para a não utilização de ACO nos doentes com FA não valvular em Portugal continental elegíveis para ACO
  • Caracterizar a qualidade do controlo do INR nos doentes com FA não valvular em Portugal continental, anticoagulados com antivitamínicos K

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